O poeta do hediondo
Sofro aceleradíssimas pancadas
No coração. Ataca-me a existência
A mortificadora coalescência
Das desgraças humanas congregadas!
Em alucinatórias cavalgadas,
Eu sinto, então, sondando-me a consciência
A ultra-inquisitorial clarividência
De todas as neuronas acordadas!
Quanto me dói no cérebro esta sonda!
Ah! Certamente eu sou a mais hedionda
Generalização do Desconforto...
Eu sou aquele que ficou sozinho
Cantando sobre os ossos do caminho
A poesia de tudo quanto é morto!
(Augusto dos Anjos)
Vi que está seguindo meu blog e que gostou das imagens postadas por mim. Fico feliz e a seguirei também. Adoro e derreto-me por Augusto dos Anjos.
ResponderExcluirParabéns pelo Blog!
Gostei do seu blog sara. Esta poesia , então, maravilhosa.
ResponderExcluirErivan Coqueiro, 20/04/10
POESIA
SEREMOS... SEMPRE?
Seremos errante,
enquanto prevalecer a desigualdade
Seremos incompetentes,
enquanto prevalecer a prepotência
Seremos esperança,
quando estivermos abraçados com a criança
Seremos revolta,
sempre que repudiamos a injustiça
Seremos Luz,
sempre que descobrirmos a máscara
Seremos felizes,
sempre que formos livres
Seremos razão na história,
sempre que a coragem prevalecer
Seremos verdade,
quando as circunstâncias
provarem a ignorância.
Seremos vida,
sempre que lutarmos,
Seremos independentes,
quando acreditarmos em nós
Seremos a revolução,
quando o extraordinário
se fizer cotidiano.
Seremos inocentes,
sempre que permitimos
que o outro faça tudo
Seremos sem razão,
sempre que não avançarmos
Cadê o sentido da vida,
do ser, do querer e do poder?
A reflexão dos fatos,
nos deixa o recado.
Seremos incômodo,
a quem sempre quer ser dono
Seremos merda,
a quem sempre tem inveja.
Erivan Coqueiro Sousa