Falas de amor, e eu ouço tudo e calo
O amor na Humanidade é uma mentira.
É. E é por isto que na minha lira
De amores fúteis poucas vezes falo.
O amor! Quando virei por fim a amá-lo?!
Quando, se o amor que a Humanidade inspira É o amor do sibarita e da hetaíra, De Messalina e de Sardanapalo?
Pois é mister que, para o amor sagrado, O mundo fique imaterializado — Alavanca desviada do seu fulcro —
E haja só amizade verdadeira Duma caveira para outra caveira, Do meu sepulcro para o teu sepulcro?!
(Augusto dos Anjos)
Meu hino...
ResponderExcluirOs sinos de Notre-Dame silenciaram. Nunca mais se viu nem ouviu falar de Quasímodo. Alguns anos mais tarde, quando estudiosos faziam escavações no cemitério de Montfaucon, em Paris, acharam dois esqueletos estranhamente abraçados. Um era de uma mulher jovem, com restos de um vestido branco. O segundo era de um homem com a coluna vertebral torta e uma perna mais curta do que a outra. Não apresentava sinais de ferimentos e concluiu-se que morrera de morte natural, abraçado à jovem. Quando os homens tentaram separá-los, o esqueleto masculino dissolveu-se na poeira.
ResponderExcluir